quarta-feira, 12 de março de 2008

Mercado Português na linha da frente da biometria.

Mercado português na linha da frente da biometria
As principais empresas do sector são unânimes em reconhecer que Portugal está no pelotão da frente da biometria. Projectos públicos e empresariais têm contribuído para marcar posição Não é possível prová-lo com números, porque nenhuma entidade independente se debruçou ainda sobre o mercado português de biometria, para saber do seu valor ou comparar o nível de desenvolvimento aqui registado com o que se verifica no resto da Europa ou do mundo, mas garantem as principais empresas do sector que Portugal está na linha da frente.

«Portugal tem liderado o pelotão da frente no que diz respeito à taxa de introdução de soluções com biometria e na inovação do tipo de projectos que têm vindo a ser implementados», sublinha David Bernabé Fernandes, CEO da BeAdvance. Para o responsável, Portugal é um dos mercados mais importantes da EMEA em várias áreas. Mas não é o único. Também Vera Vieira, marketing e sales manager da Bioglobal, aponta o mercado português como «um dos mais desenvolvidos a nível mundial». O que significa, segundo Vera Vieira, que «temos um mercado que ao nível das novas tecnologias é bastante receptível e adaptável». Mais optimista ou mais moderada, a visão dos fornecedores de soluções coincide ao apontar um bom nível de desenvolvimento do mercado português na área das soluções biométricas, ao que não será alheia a grande diversidade de propostas comerciais existentes e um elevado nível de concorrência que pressiona os preços das soluções disponíveis, mesmo tratando-se de um sector emergente com muito caminho a percorrer para mostrar benefícios e justificar investimentos.Embora possam ser usadas por qualquer sector, em qualquer tipo de actividade, ou mesmo a nível pessoal, as soluções de biometria são hoje usadas sobretudo no sector financeiro, na Administração Pública, nas telecomunicações, saúde e na construção civil, como refere Sérgio Sá, security solutions director de Enterprise Secure Initiatives da Unisys Portugal.
Na área da construção civil é aliás de registar um aumento exponencial do nível de utilização de soluções biométricas no controlo de assiduidade ao longo dos últimos anos, nomeadamente através da utilização de terminais biométricos de leitura da íris, como acrescenta Vera Vieira.De um modo geral, motivam a utilização de sistemas biométricos a necessidade de gerir de forma fiável e segura a assiduidade dos funcionários, a necessidade de restringir o acesso a determinado local ou a identificação de pessoas. Estas prioridades materializam-se hoje sobretudo no acesso a edifícios e áreas de alta segurança, controlo de assiduidade em hospitais, empresas ou escolas, documentos pessoais de identificação, sistemas de pagamento ou fidelização de clientes, acesso a aplicações e redes informáticas e apoio à investigação criminal.«A solução mais procurada é o controlo de acesso físico. No entanto, a integração da autenticação biométrica com os sistemas de informação está a crescer bastante», reconhece Gonçalo Sousa, business developer da GFI Solutions, em análise à realidade do mercado português.
Na área do acesso físico a impressão digital mantém forte preponderância, o que tem sobretudo a ver com a simplicidade de utilização, maturidade da tecnologia e custos associados. «Dentro da nossa oferta, as soluções associadas à autenticação dupla, os smartcard, mais impressão digital têm forte procura», exemplifica Carlos Lima, general manager da ID Unity da Zetes Burótica.Uma das utilizações mais banalizadas da biometria «inclui a funcionalidade match-on-card, que permite a validação de uma impressão digital recolhida no momento, contra uma impressão digital guardada num chip, através de um equipamento híbrido, validando se a pessoa em presença é a titular da impressão digital no chip», explica o responsável.Preços para todos os gostos O preço de uma solução biométria tem em conta vários factores, que vão para além da tecnologia escolhida por quem pretende implementar.
Já é possível adquirir no mercado soluções de controlo de ponto com leitor de impressão digital por valores a partir de 250 euros, ou soluções chave-na-mão (também para a leitura de impressão digital) com equipamento, software, instalação e formação por 1500 euros, mas apontar valores não é linear.Além da tecnologia, há a considerar «a componente de integração com a solução aplicacional, que varia em função dos requisitos», como sublinha Sérgio Sá da Unisys. A dimensão da organização e respectivo número de utilizadores é outro factor a ter em conta antes de fazer o investimento que muitas empresas nacionais já realizaram.A impressão digital é, por exemplo, usada em todas as lojas da Chip7 de norte a sul do País para a gestão de ponto e assiduidade dos funcionários.
Já na Portugal Telecom a escolha recaiu sobre a identificação através da íris, quando o grupo quis implementar uma solução global de controlo de acessos e identificação integrada com os demais sistemas de segurança, exemplifica David Bernabé, da BeAdvance, que desenvolveu os projectos.Projectos na Administração PúblicaOlhando para o sector público, são também vários os projectos que recorrem à biometria.
Os mais tradicionais estão focados no controlo de assiduidade, como é o caso dos hospitais, que viram em Setembro passado publicada a legislação que define a utilização destas tecnologias para controlar o acesso de funcionários aos serviços, bem como a sua assiduidade.
Mas há outras áreas de utilização com mais impacto junto da opinião pública e provavelmente no desenvolvimento do próprio mercado, como a adopção de dados biométricos em documentos de identificação, como o Cartão de Cidadão – que até final de Julho deste ano fica disponível em todo o país – ou o Passaporte Electrónico Português (PEP). Nestes casos, o cidadão empresta o rosto, a impressão digital e a assinatura como meios únicos de identificação.Com maior maturidade no mercado, o PEP já teve tempo de mostrar algumas vantagens da biometria no controlo de entradas em território nacional. A mais mediática é a utilização combinada do passaporte com um sistema de reconhecimento facial desenvolvido pela portuguesa Vision Box. Estreado no Algarve e entretanto estendido a Lisboa e a outros aeroportos do País, o sistema usa um leitor de passaportes, uma câmara fotográfica, infra-vermelhos e RFID para ler a informação do passaporte e comparar a fotografia do documento com uma tirada na altura, ao mesmo tempo que em poucos segundos acede a bases de dados nacionais e internacionais para confirmar os restantes dados.
O conceito abriu portas a uma espécie de via verde para a entrada de passageiros no País.
E isso é muito bom para nós, professores de ginástica laboral!!!
O Brasil que se cuide, pois os portugueses estão apostando alto na BIOMETRIA!!!

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